quarta-feira, 15 de junho de 2016

Eu fui Charlie e não sou gay?




 
Se na morte dos cartoonistas do Charlie Hebdo esteve em causa a liberdade de expressão seria normal que na matança do Pulse estivesse em causa a homofobia. Mas, estranhamente, o carácter homofóbico do ataque quase foi expulso do debate político norte-americano. É um pormenor, um facto que não mereceu grande reflexão política. O ódio de Omar Mateen aos homossexuais foi antes substituído pelo ódio de Donald Trump aos muçulmanos. Para a direita norte-americana, o problema é a existência de muçulmanos no seu território. Para a esquerda é a facilidade em obter armas. Desta vez, poucos parecem querer dizer que eles somos nós. Porque para isso era preciso que muitos dos que gostam de alardear os “valores ocidentais” vencessem a sua agressiva homofobia. Quando um colunista do The New York Times escreveu que Omar Mateen pode ter dado a vitória a Trump enganou-se. Trump nunca poderiam ter gritado “I’m gay” como gritaria “Je suis Charlie”. Foram os media que tornaram quase irrelevante a motivação deste atentado, permitindo que um homofóbico usasse o sangue dos homossexuais para juntar o seu ódio aos gays ao seu ódio aos muçulmanos. Assim, o ódio está sempre a facturar .
 
Dizia-me, hás uns anos, uma ativista lésbica israelita de Haifa: “O ódio que separa palestinianos e israelitas teve um momento de paz: quando se tentou fazer uma marcha do orgulho gay em Jerusalém. Só uma coisa une os rabis e os mulás em Jerusalém: o ódio aos homossexuais. Todos devem isto à comunidade LGBT: criou um ponto de convergência em entre gente que em tudo o resto se odeia.” A homofobia é o mais poderoso dos ódios. Mais do que o racismo ou do que o preconceito social. Mais do que o ódio religioso ou do que o machismo (apesar de ser seu parente próximo). Porque ele lida com os mais profundos dos nossos medos e as mais inquietantes das nossas inseguranças.
A coisa mais falsa de todas as falsidades que se dizem e escrevem quando se dizem e escrevem quando se desenha o retrato do “ocidente” é a ideia de que, ao contrário de outros, somos maioritariamente tolerantes com a homossexualidade. Não somos. E o muito que conquistámos, depois de décadas de batalhas perdidas e vítimas que sofrem em silêncio, não o conquistámos graças à nossa matriz cristã. Conquistámos contra ela, retirando às igrejas o poder e construindo estados laicos.
[...]
Daniel Oliveira, Expresso, 2016-06-14
 
 

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Não sou Orlando, sou LGBT

Orlando não foi o alvo principal. O alvo principal é o mesmo alvo de quando chamas paneleiro ao teu colega, “contra-natura” ao teu filho ou à tua neta; o mesmo alvo de quando insultas um casal de mulheres na rua; é o alvo de quando achas que “homossexuais está bem, mas bichas é que não”
 
Texto de Ricardo Gouveia • 14/06/2016 - 12:43
 
Foi, alegadamente, o tiroteio mais mortífero da história dos Estados Unidos, onde a violência armada é uma realidade brutal. De acordo com as organizações Gun Violence Archive e Mass Shooting Tracker, ao 164.º dia do ano de 2016, 207 pessoas tinham sido mortalmente feridas, em cerca de 176 tiroteios, 133 destes considerados “em massa”. 
Podemos, para já, abster-nos de comentar a política absurda dos EUA a respeito da posse de arma, para nos focarmos no seguinte: o tiroteio mais mortífero da história de um país campeão em tiroteios foi direccionado a pessoas LGBT, tendo sido também o maior massacre de ódio direccionado a pessoas LGBT desde o nazismo. 
Após o choque, a tristeza, a revolta e a frustração, importa fazer algumas reflexões. 
Domingo à noite, no canal "Sky News", em Inglaterra, o jornalista do "Guardian", Owen Jones, assumidamente gay, abandonou o estúdio durante o comentário político que nessa estação se fazia acerca do massacre, após o moderador e a sua colega de painel terem insistido que este era um crime, “contra pessoas que se queriam divertir, como no Bataclan”. Não há mortes mais graves que outras, é certo; mas os crimes não são todos iguais. Este foi um ataque a pessoas LGBT, um ataque homo-bi-transfóbico. É, portanto, um crime de ódio, e o crime de ódio tem, nos Estados Unidos, como em Portugal e em tantos outros países do mundo, um enquadramento legal específico. Porquê? Porque a motivação do crime não nasce nem morre com a organização ou indivíduo criminoso, correspondendo a um fenómeno de preconceito que se revela nos maiores, mas também nos mais aparentemente insignificantes actos de violência. Porque ele é dirigido a quem já sente o ódio no seu dia-a-dia. Porque ele se integra num ciclo de violência e de discriminação que é permanente: nos gestos e nas palavras, nas famílias e nas escolas, no trabalho, na doença e na rua. Porque ele afecta as pessoas que não foram mortalmente vitimadas como em nenhum outro crime: incute-nos o medo, inibe o exercício da nossa liberdade, aumenta um terror que conhecemos bem, afecta-nos a todos e a todas que pertencemos ao grupo social ao qual é dirigido o ataque. Porque "'terrorismo direccionado a pessoas LGBT' é uma redundância” por si só. 
Importa fazer referência ao espaço onde decorre o ataque. Bem sei que há por aí muito boa gente, de esquerda até, que não compreende o porquê e para quê de espaços culturais ou recreativos direccionados a pessoas LGBT. Que fique claro: é por isto. Se és gay, lésbica, bissexual, trans, queer, sabes o que é avaliar, em todos os lugares onde vais, se estás seguro, se estás a salvo, se corres risco de ser insultada, desprezada e agredida; já te coibiste de expressar um simples afecto ou carinho; já tiveste medo de parecer demasiado bicha ou demasiado fufa. Se és LGBT, sabes que há espaços onde te sentes mais seguro, protegido, menos sozinha, mais respeitada e livre de seres como és. Foi num destes lugares que ocorreu o massacre, em Orlando. Num espaço seguro, de gente como nós, com quem rimos e dançamos longe de quem nos julga e inclusive, que confiamos que nos irá proteger se a homo-bi-transfobia ali entrar; sentimos, embora sempre com contornos diferentes, o mesmo perigo iminente que espreita lá fora. Por tudo isto, hoje sentimos um medo acrescido. 
Há cerca de um ano, celebrava-se a conquista da igualdade no acesso ao casamento, nos Estados Unidos. Muitas e muitos de nós acrescentámos um filtro arco-íris à nossa fotografia de perfil, celebrando, assim, o fim de uma discriminação legal. Um ano depois, choramos a morte de mais de 50 pessoas LGBT no seu espaço seguro. Por essenciais que sejam as alterações legais, pela esperança e o alento que transmitem, quase tanto como pela mudança efectiva nas vidas das pessoas, é importante perceber que esse é o mínimo dos mínimos, é o princípio da nossa luta. O resto está por fazer, estamos cá para isso. 
Não sou Orlando. Orlando não foi o alvo principal. O alvo principal é o mesmo alvo de quando chamas paneleiro ao teu colega, “contra-natura” ao teu filho ou à tua neta; o mesmo alvo de quando insultas um casal de mulheres na rua; é o alvo de quando achas que “homossexuais está bem, mas bichas é que não”, ou “façam a vossa vida mas longe de mim”. É a versão terrorista de um terror que se sente todos os dias. É fácil ser-se Orlando ou rezar por Orlando, mas não é isso que está em causa. E ser-se lésbica, gay, bissexual, trans, queer, intersexo ou assexual? Quantos de nós estão dispostos a ser LGBT, contra a violência e o ódio? 
Se és LGBT, pelo fim da violência e do ódio perpetrado contra pessoas LGBT, vem marchar connosco este sábado, dia 18 de Junho, às 17h, no Príncipe Real, em Lisboa. Vem continuar uma luta que não se esgota na lei, que quer sempre mais, que se chama Orgulho porque ele é o único escudo que nos permite unir e organizar contra o medo, a vergonha e a violência.
 
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Há uns tempos um amigo perguntava-me: "o que é isso de ser figura pública? Já se qualificam como figuras públicas, as meninas apanhadas a fazer amor no Main?"
Dificilmente. Por mais que já se lhes conheça alguns ângulos mortos.
Conheço pessoas que dizem ser "figura pública por profissão". Ou seja, existem, respiram, de forma... Pública. O seu trabalho é esse: oxigenar o sangue à frente dos outros.
Tudo bem. Cada um respira como quer. Menos aqueles que acabam mortos por não respirarem como é suposto.
E não estou aqui a fazer uma graça com asmáticos. Morreram 50 pessoas em Orlando - terra da Disney - que ousaram ser quem são dentro de um local que imaginavam seguro.
No fundo, respiravam. Lá na vida deles. Ligeiramente entrincheirados numa discoteca lá "deles".
Para sempre "meio entrincheirados".
Porque é sempre assim, não é? Morreram "aqueles". Aqueles sírios. Aqueles turcos. Aquelas nigerianas raptadas e violadas pelo Boko Haram. Aqueles paneleiros que quiseram abanar-se ao som de Ariana Grande.
Não digo paneleiros para chocar. Digo-o porque as palavras têm vida; memória. Digo-o porque esses paneleiros são iguais a ti que estás a ler isto.
E são completamente iguais a mim; são pessoas.
Por circunstâncias escolhidas e herdadas, sou uma figura pública - por mais que o termo me faça rir.
Contudo, não desconto no IRS com croquetes e não apareço muitas vezes nas revistas que acabam esquecidas em salas de espera. Esse não é o meu trabalho.
O meu trabalho é público. Seja na televisão, ou na rádio, mas gosto de pensar que existe para promover discussão.
É por isso que escolho ter o desplante de falar disto às quase 60 mil pessoas que seguem esta página.
Coincide gostar de homens. Mas gosto mais de que toda a gente possa ser o que quiser, onde quiser, de que forma quiser, sem esperar um balázio na testa.
Não me parece pedir muito.
E eles não pediram muito. Quiseram só estar à vontade.
Não quero pôr um # a trendar.
Quero só que penses como, ao fomentar o ódio, vamos todos parar ao mesmo forno.
É só uma questão de tempo.
Não rezes por Orlando. Trata só os outros com o respeito que gostarias que tivessem por ti.
 
Rui M Pêgo, Facebook, 13/6 às 13:32


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Archbishops issue joint statement in response to Orlando shootings

Monday 13th June 2016
Archbishops of Canterbury and York call for solidarity with LGBTI people after the attack in Orlando. 

"After Sunday’s attack in Orlando as Christians we must speak out in support of LGBTI people, who have become the latest group to be so brutally targeted by the forces of evil. We must pray, weep with those affected, support the bereaved, and love without qualification.
"The obligation to object to these acts of persecution, and to support those LGBTI people who are wickedly and cruelly killed and wounded, bereaved and traumatised, whether in Orlando or elsewhere, is an absolute call on our Christian discipleship. It arises from the unshakeable certainty of the gracious love of God for every human being.
"Now, in this time of heartbreak and grief, is a time for solidarity. May God our Father give grace and comfort to all who mourn, and divine compassion to us all."
http://www.archbishopofcanterbury.org/articles.php/5735/archbishops-issue-joint-statement-in-response-to-orlando-shootings

 
 
 
Um facto incontornável que cristãos e simpatizantes do cristianismo têm de enfrentar é a circunstância de o cânon de textos que constitui o Novo Testamento conter afirmações claríssimas da mais óbvia homofobia. Estamos todas e todos em estado de choque com o que aconteceu em Orlando. Mas vivemos num país de tradição católica, religião fundada numa Escritura que afirma sem lugar para dúvidas que os homossexuais são "merecedores de morte" (Romanos 1:32).
Chocamo-nos com o horrendo Estado Islâmico a atirar gays dos prédios, mas esquecemo-nos que a literatura religiosa dos primeiros séculos do cristianismo afirmava a seguinte punição depois da morte para homossexuais de ambos os sexos: serem perpetuamente atirados de altos rochedos, de forma contínua, incessante (Apocalipse de Pedro).
A escritura cristã canónica é homofóbica; a apócrifa também. O apócrifo Evangelho de Judas tem tiradas homofóbicas, não menos que a epistolografia de Paulo (tanto a autêntica como a que foi falsificada em nome do apóstolo).
O cristianismo precisa de uma reflexão profunda sobre o seu papel, ao longo dos séculos, no incremento da homofobia na sociedade ocidental. Não culpem o islão, por favor. O cristianismo não é diferente.
Ou tem uma diferença: Jesus. 
E tem a graça de, pelo menos nos 4 evangelhos canónicos, estarmos perante textos religiosos livres de homofobia.
 
 
 

 


 
Ontem aconteceu Orlando de outra maneira. Ontem, não foi notícia o Disneyworld. Não quero abusar das palavras, mas não consigo seguir como se nada tivesse acontecido. Choca-me a brutidade daquela matança. Choca-me todo o tipo de estupidez, mas aquela que procura fundamentação religiosa ainda me escandaliza mais. Choca-me o extremismo islâmico e todos os outros tipos de extremismo religioso, coisa que os EUA conhecem tão bem e alimentam também tão ferozmente. A desumanidade é um enigma que não decifro inteiramente. 

Depois da brutidade e da matança, vem a imbecilidade, em onda, como réplicas daquele primeiro impacto, vergonhosas réplicas de ódio e maldade. E isto, confesso, acho que ainda me fere mais. Porque explico melhor a brutidade de uma pessoa que faz aquilo do que as reacções de milhares de pessoas nas redes sociais que confirmam o terror e batem palmas. É como uma onda imbecil, igualmente desumana. 


Para uns, o inimigo é o islão; para outros, o inimigo são os gays. Quando perceberemos que o inimigo, afinal, está dentro de nós, e é um monstro mesquinho e preconceituoso, que alimentamos com doses generosas de ignorância e medo? 


Às vezes faz-nos falta saber donde vêm as palavras. Fobia vem do grego "fobos", que significa medo, pânico. Islamofobia, Homofobia, e qualquer outra fobia, é uma criação do medo. É uma cedência ao medo. E poucas coisas nos fazem ser mais terríveis e impiedosos do que o medo diante do desconhecido. É às escuras que desferimos os nossos golpes mais mortais. Quando estamos às cegas, brandimos as espadas e as lanças com um vigor tão desordenado que nos torna perigosamente mortais. 


É de medo que falamos. Dos medos que nos habitam, das fobias que nos dominam e nos levam à impiedade. E, acima de tudo, dos monstros - também dentro de nós! - que estes medos alimentam e que acabam por fazer tanto mal. 


E, como resposta de um crente em Deus, o Misericordioso, ao homem que fez a matança naquela discoteca, e a todos os que conseguem arranjar argumentos para aplaudir um pecado tão grave, partilho de novo uma reflexão que fiz para a homilia há umas semanas. Um apontamento sobre a homofobia, e o que Jesus disse sobre isso. Publiquei na página "Plano B" no facebook, mas volto a pôr aqui o texto, comentário ao texto evangélico em que um centurião romano manda pedir a Jesus que lhe cure um servo com quem ele vivia em intimidade (Lc 7, 1-10).

O homem era pagão. Não só pagão, mas romano. Não só romano, mas centurião. Está o cenário todo montado para que um Profeta lhe mande dar uma volta. Um chefe militar do império colonizador, e parece que tinha "um servo a quem estimava muito". Quer dizer, se vamos a traduzir mesmo o que está no original, a coisa em português fica assim: "que vivia na intimidade dele". A palavra grega que está traduzida por "estimava muito" é "entímos", origem do vocábulo "íntimo", em português. 

Ou seja: mais esta!


Entendamo-nos, então. Segundo a cultura militar romana, era proibido um centurião ser casado. Ter mulher e filhos seria uma dificuldade para o cargo militar que ocupava. Entretanto, tinha-se tornado comum e bem aceite que os centuriões tivessem junto de si jovens rapazes, como seus servos, com quem partilhavam a intimidade. Não podemos avaliar estas coisas segundo critérios da nossa cultura actual, evidentemente. Este costume era bem aceite, estava encaixado na estrutura militar, e em nada se assemelhava a predação sexual ou pederastia. Tempos. 

O que interessa aqui é percebermos quem é este centurião e o motivo pelo qual ele não quer que Jesus vá lá a casa. Se entre os romanos as relações homossexuais não levantavam nenhum problema moral, não era assim entre os judeus. A lei judaica era muito explícita na condenação à morte que mereciam todos os que fossem acusados de relações homossexuais. Era uma imoralidade gravíssima. 

Se parecia que a descrição daquele homem, a olhos judaicos, não podia piorar, fomos apanhados de surpresa. Pagão. Colono. Chefe militar. E imoral. 

Bem vindo ao admirável mundo de Jesus! 

Alguma coisa teria de muito especial este homem, porque os próprios anciãos de Cafarnaum intercedem por ele. Ou era muito generoso e sensível, ou era um diplomata hábil. Construir sinagoga para os judeus podia ser as duas coisas: generosidade ou técnica de colonização. Todos os impérios usam prendas para amansar quem têm pela rédea. Percebes porque se chamam "prendas"?...

O que é certo é que intercedem por ele, e Jesus sabia quem era e do que se tratava. E não encontramos na sua boca uma palavra de condenação, nem uma recusa. É admirável contemplarmos, nestas passadas dos evangelhos, o que não está lá. O que Jesus não disse. O que Jesus não fez. O que lá não está diz-nos muito do que Jesus é e da maneira como se posiciona diante das pessoas. 

Não só não o condena nem rejeita o seu recado, não só não o ignora nem vulgariza o seu sofrimento, como lhe dá um louvor. "Nunca vi tão grande fé, nem em Israel!" Jesus diz isto de um pagão, chefe militar dos colonizadores, que lhe mandou recado movido pelo amor que tinha àquele servo com quem vivia em intimidade. Nós que somos de vez em quando tão dados a homo e outras fobias, talvez precisássemos de conhecer os evangelhos um bocadinho melhor.  

Já agora: o louvor da Fé. A mim toca-me profundamente o motivo pelo qual Jesus louva a Fé daquele estrangeiro. Porque ele, o estrangeiro, intuiu qualquer coisa fundamental, e Jesus gostou disso. A Fé é Obediência. É por isso que a Fé daquele centurião é grande e boa e louvável, porque ele entende a Fé como Obediência: um diz, o outro faz; um manda, o outro obedece. 

É este carácter obediencial da Fé que nos falta tantas vezes! Perdemo-nos em devoções sem motivo nem porquê, deixamo-nos enganar facilmente por causa da ignorância da nossa Tradição e do desconhecimento das Escrituras, pensamos que a Fé se reduz a um sentimento ou a uma referência teórica a determinados valores universais, e foge-nos o essencial: ter Fé é Obedecer a Jesus Cristo.  

Ele diz, a gente faz.
Ele faz, a gente imita.
Ele pede, a gente alegra-se.
Ele gosta, a gente deseja. 

A sua paixão foi o Reino de Deus.
Ainda é.
Por outras palavras: que Deus mande!
Que a gente viva como Deus manda!
Manda quem pode. Obedece quem deve. 
 

Foi há pouquinho, apenas três versículos antes, neste evangelho de Lucas, que Jesus desabafou uma das suas queixas mais profundas: "Porque é que vocês me andam sempre a chamar 'Senhor, Senhor', mas não fazem o que eu mando?!" 

Grande era a Fé daquele homem. Foi isso que Jesus viu. Foi disso que Jesus falou. Foi com isso que Jesus se interessou. 

Indje
http://derrotarmontanhas.blogspot.pt/2016/06/sobre-orlando-sobre-fobias-e-um-texto.html
 

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