segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Instruções para não se deixar manipular



Cuidado para não se deixar apanhar por um manipulador!


                                                                      


               

Irá fazê-lo pensar e sentir que é culpado por tudo o que sucede.                                                            
                                                                                                                               
 



É uma das formas mais perversas de maus-tratos psicológicos no seio do casal.





A psicóloga Marie-France Hirigoyen, autora de O Assédio Moral ‑ Os Maus-Tratos Psicológicos na Vida Quotidiana, afirma que qualquer um pode ser vítima de uma pessoa perversa. Se tiver a pouca sorte de se apaixonar por um manipulador, torna-se uma potencial vítima de maus-tratos. Por isso, a especialista considera essencial saber detetar os possíveis sinais na comunicação com o parceiro:


Culpa. Os manipuladores fazem o parceiro sentir-se culpado de tudo.
           
Duplo vínculo. Forma de criticar que nos faz sentir que se fizermos uma coisa está mal, mas se fizermos o contrário também. Exemplo: se não dermos um beijo, acusam-nos de sermos pouco carinhosos; se o fizermos, somos maçadores.
        
Verdades absolutas. Os manipuladores fazem os parceiros crer que há opiniões objetivas e que qualquer desvio é uma aberração.
        
Imprevisibilidade anímica. Por vezes, mostram-se coléricos; noutras ocasiões, riem-se perante o mesmo motivo. Quando se lhes pergunta o que está a acontecer, respondem "nada", para a outra pessoa se culpabilizar.
           
Dão muito boa ou muito má impressão num primeiro contato. É estranho gerar emoções tão intensas, mas as pessoas mais problemáticas no relacionamento são indivíduos que se situam em qualquer dos dois extremos.
             
Vitimização. Os manipuladores pensam que os outros têm de resolver todos os seus problemas.
         
Sensação de ameaça latente. Se não fizermos o que o outro quer, sofreremos as consequências.
        
Necessidade de "adivinhação". Temos de intuir o que pretende sem que o diga. Os indivíduos mais manipuladores poucas vezes exprimem as suas necessidades ou sentimentos: esperam que estes se concretizem, por norma, sem necessidade de argumentação.
            
Impossibilidade de negociação. Estes indivíduos comunicam ao impor-se ou ao calar-se e vão buscar assuntos polémicos através de provocações nas conversas (por vezes, diante de terceiros), mas não permitem abordá-los quando é possível o intercâmbio de opiniões.
             
in Super Interessante nº 120, Portugal, Abril 2008 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Direitos constitucionais da comunicação sentimental



Quando uma relação passa por problemas mas o amor persiste, o casal tem de ser capaz de os debater e negociar com sinceridade.

Na resolução dos problemas do casal, é essencial que os dois elementos recuperem a assertividade, conheçam os seus direitos e deveres e se sintam em igualdade de condições nesse aspecto. Estes são, segundo os terapeutas, os direitos básicos em questão:

Ter necessidades próprias e que sejam tão importantes como as da outra pessoa.
Pedir informação sobre o que diz respeito ao casal.
Poder cometer erros e responsabilizar-se por eles.
Ter opiniões e poder sempre exprimi-las.
Poder decidir livremente entre satisfazer as expectativas da outra pessoa ou agir de acordo com os seus próprios interesses, desde que não violem os direitos do outro.
Experimentar e exprimir os próprios sentimentos.
Recusar pedidos do outro sem se sentir egoísta.
Pedir (não exigir) ao parceiro que satisfaça as nossas necessidades.
Pedir aquilo que se pretende, mas aceitar que o outro pode dizer que não.
Mudar de opinião sem se sentir culpado.

In Super Interessante nº 120, Portugal, Abril 2008