“O
primeiro fado assumidamente gay”
Fernando Dacosta, O botequim da liberdade, 2013
De mãos nos bolsos e olhar distante
Jeito de marinheiro ou de soldado
Era o rapaz da camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado
Perguntei-lhe quem era, e ele me disse:
Sou do monte, senhor, um seu criado
Pobre rapaz da camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado
Porque me assaltam turvos pensamentos
Na minha frente estava um condenado
Vai-te rapaz da camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado
Ouvindo-me, quedou-se altivo o moço
Indiferente à raiva do meu brado
E ali ficou de camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado
Soube depois, ali, que se perdera
Esse que só eu pudera ter salvado
Pobre rapaz da camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado
Letra: Pedro Homem de Melo
Musica: Frei Hermano da Câmara
Intérprete: Amália Rodrigues
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