sexta-feira, 17 de abril de 2015

El hombre que yo amo






El hombre que yo amo tiene algo de niño
la sonrisa ancha, tierna la mirada
tiene la palabra de mil hombres juntos
y es mi loco amante, sabio, inteligente.

El hombre que yo amo no le teme a nada,
pero cuando ama lo extremece todo.
Guerrero incansable, en busca de aventuras,
tiene manos fuertes, cálidas y puras.

El hombre que yo amo sabe que lo amo
me toma en sus brazos y lo olvido todo
el es mi motivo, es mi propio sol.
El me da alegrías que nadie me dio.

El hombre que yo amo sabe que lo amo
vuela siempre lejos, pero vuelve al nido
el hombre que yo amo sabe que lo amo
yo lo quiero loco, pero loco mío.

El hombre que yo amo siempre sabe todo
no sabe de enojos, no entiende rencores
el arregla todo con sabiduría
con sólo mirarme me alegra la vida

El hombre que yo amo camina en mi mente,
es mi único ídolo entre tanta gente,
el hace una fiesta con mi pelo suelto,
ladrón de mis sueños, duende de mi almohada


Myriam Hernández, 1988

sexta-feira, 3 de abril de 2015

RONDA NOTURNA (filme)

  




Ronda Noturna (Ronda Nocturna, Argentina/França, 2005). Direção e Rot. Original: Edgardo Cozarinsky. Fotografia: Javier Miquelez. Música: Carlos Franzetti. Montagem: Martine Bouquin. Dir. de arte: Ignacio Lago. Com: Gonzalo Heredia, Diego Trerotola, Mariana Anghileri, Rafael Ferro, Darío Tripicchio, Susana Varela, Román Chaploski, Jana Bokova.
Víctor (Heredia) é um jovem prostituto que vaga pelas ruas de Buenos Aires, sendo cliente habitual de um inspetor de polícia que lhe dá cobertura. Belo e charmoso, sendo requisitado para fazer programa com pessoas distintas. Num deles, com a presença de vários membros de corpos diplomáticos, consegue cocaína para vender e consumir. Certa noite reencontra um amigo motorista de táxi que o leva para um motel, no qual tenta assassiná-lo. Posteriormente encontra uma jovem que afirma que lhe deixara grávida e tenta igualmente matá-lo, mas ele sobrevive.

Drama que busca – e em alguns momentos até consegue – traduzir de maneira poética a realidade do duro cotidiano de pessoas a margem da sociedade pelo prisma de seu protagonista., porém tendo como resultado final uma narrativa tosca em seu tom lacônico.  Essa última, ainda que aparentemente eivada por uma certa pretensão de  cunho mais autoral e sofisticado nada mais parece ser que uma falta de rumo com relação ao que se contar, bem diferente do efeito da elipse da cineasta argentina contemporânea Lucrecia Martel com o seu O Pântano. Aqui, muitos personagens e situações simplesmente são evocadas e não mais sequer citados posteriormente, como a relação entre o protagonista e o inspetor de polícia ou a mulher que surge ao final, aparentemente efeito alucinógeno com relação ao uso de drogas. Porém esse deambular sem destino de Víctor acaba sendo pouco efetivo em termos de densidade dramática tanto na construção da falta de perspectivas do mesmo quanto no retrato dos despossuídos vislumbrados na sua trajetória, elemento recorrente na dramaturgia cinematográfica recente do país. Cine Ojo/Les Films d´Ici. 81 minutos.

http://magiadoreal.blogspot.pt/2014/02/filme-do-dia-ronda-noturna-2005-edgardo.html